Muitas pessoas se sentem presas.
Presas a si mesmas, aos próprios pensamentos, à uma vida sem sentido.
Muitas não conseguem sair da sua bolha mental.
Vivem sem clareza sobre o que fazer com a própria vida.
Elas não conseguem focar nem sequer em uma única coisa porque não têm direção; não têm uma visão clara do que fazer, nem para onde ir.
Imagem de Iqbal Nuril Anwar por Pixabay
É nesse ponto que surge às clássicas e incômodas perguntas:
Por que dar valor ao que passa?
Qual é o sentido disso tudo que chamamos de vida?
A partir daqui, as reflexões começam a se ramificar, e o que nos leva a pensar no valor das coisas vividas diante de sua transitoriedade.
Essa transitoriedade, ou melhor, essa efemeridade, pode conduzir a dois caminhos.
Primeiro: Se tudo passa, nada importa.
Neste sentido, o valor se dilui com o tempo. Algo passageiro parece ser menos valioso justamente por não durar.
É como a sensação do primeiro gole d’água quando estamos com muita sede, ou da primeira mordida quando estamos com fome: rápida, intensa e inigualável.
Você pode beber litros de água ou comer até se empanturrar, mas, nada vai te dar a mesma sensação da primeira vez.
Chegou, aproveitou, passou. Foi rápido, foi efêmero. Bora pro próximo.
Segundo caminho: Se tudo passa, tudo importa ainda mais.
A consciência de que as coisas acabam pode intensificar o valor do momento.
Um momento efêmero é precioso porque é único. Passa rápido. É irrepetível.
O primeiro copo de água gelada é marcante porque acaba. Os seguintes podem até te saciar, mas não deixarão a mesma marca.
E isso se aplica a muito mais do que comida ou bebida, pode ser:
Um beijo. Um abraço.
Um encontro inesperado.
Um sorriso que some tão rápido quanto veio.
Se você não valoriza quando acontece, já era. Se foi.
Simples mas impactante
Embora esses dois caminhos pareçam opostos, chega uma hora em que eles se encontram e convergem no pensamento de Nietzsche sobre o Eterno Retorno.
A proposta é simples mas impactante como um soco na boca do estômago, que é a seguinte:
E se você tivesse que viver este momento exato infinitamente, da exata forma como ele é?
Isso te faria querer vivê-lo com mais presença e mais valor?
Pois é, o que é passageiro pode ser mais valioso do que o duradouro, se você o vive com consciência.
Essa reflexão é como um sino tocando dentro da cabeça, um chamado dizendo o seguinte: “dá uma olhada no jeito que está levando sua vida”.
Se nada além desta vida existisse, e você tivesse que repeti-la eternamente, sem mudar absolutamente nada, como reagiria?
Com satisfação ou arrependimento?
Você ama a sua vida a ponto de querer vivê-la outra vez, de novo, e de novo?
Se a resposta for não, faça alguma coisa.
É possível mudar.
Ainda dá tempo.
Por onde começar?
Nenhuma mudança acontece do nada, e muito menos de graça.
É preciso pagar o pedágio da mudança. Nesse caso, o valor a ser pago é treinar sua percepção em relação ao seu comportamento, identificá-los e a partir daí buscar fazer diferente.
3 exercícios que podem ajudar.
Primeiro: Busque um momento do seu dia que vale a pena ser repetido.
Exemplo: A conversa que tive com meu irmão sem pressa, depois de muito tempo.
*Depois escreva por que isso foi importante e o que aprendeu com aquilo.
Segundo: Identifique um momento do seu dia que gostaria de fazer diferente.
Exemplo: Me irritei no trânsito e descontei numa pessoa que não tinha nada haver com aquilo.
*Escreva esse trecho de como você gostaria que tivesse sido.
Terceiro: Ação para amanhã
Escolha uma coisa concreta que você vai buscar fazer diferente no próximo dia.
Exemplo: Tomar café da manhã sem ficar mexendo no celular.
São exercícios simples e que podem ajudar a dar os primeiros passos para sair da inércia.
Eles por si só não farão uma revolução na sua vida, mas também se não fazer p#rr@ nenhuma, nada acontece.
A efemeridade não diminui o valor, ela o revela.
O que a gente vive com consciência, mesmo que por pouco tempo, tem mais peso do que uma eternidade vegetativa.
Talvez a pergunta mais honesta, e correta a se fazer seja: Por que desperdiçar o que estou vivendo agora?
Pois é, um passo por vez, seguimos…
Obrigado por ler!
Antes de Partir
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